quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Feliz aniversário!

Eu não queria deixar este dia passar em branco. Estou a dias tentando digitar algumas palavras que façam sentido e homenageiem a pesosa mais maravilhosa que eu já conheci. Aí decidi abrir a opção "nova postagem" e escrever o que viesse a cabeça. 
Hoje você completaria 26 anos e, pela segunda vez, eu não vou poder pegar o telefone e ouvir você dizer "obrigada paixão". Era nosso deal, lembra? Nunca deixar o aniversário do outro passar em branco. Do meu jeito converso com você todos os dias e prefiro pensar que você está bem onde quer que você esteja, mas hoje senti uma necessidade maior de expressar isso em alto e bom som.
Meu primo, meu amigo, meu confidente, meu amor que você esteja em paz e saiba que nunca será esquecido. Não há um dia que eu não me lembre da tua voz, que não recorde a risada gostosa e os momentos divertidos, como aquele em que você foi, literalmente, perseguido por um bufalo na Romaria. 
Pra você, feliz aniversário!

Os bons morrem jovens
Renato Russo

É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora
Cedo demais

Quando eu lhe dizia
Me apaixono todo dia
É sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse
Eu gosto de você também
Só que você foi embora...
Cedo demais!

Eu continuo aqui
Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sinto não sei dizer...

Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...

É tão estranho
Os bons morrem antes
Me lembro de você
E de tanta gente que se foi
Cedo demais!
E cedo demais...

Eu aprendi a ter
Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer

Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que neste Ano
O verão acabou.

Cedo demais!
 


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Manifesto aberto

Então eu soube, ouvi, li, fucei que certo alguém anda me chamando de mimada por aí. Bom, essa pessoa em questão já fez parte da minha vida, já se disse amigo, daqueles que você luta para e por e vice versa.

Sou total a favor da liberdade de expressão, mas também sou defensora da máxima que diz “seu direito termina onde começa o do outro”. Pois bem, não espere falar, escrever, gritar, fofocar tudo o que você quiser e sair completamente ileso.

Mas a questão aqui é: por que cargas d’água eu fiquei tão incomodada com tal descoberta? Será que o ser ainda é importante para mim e consequentemente suas opiniões sobre minha pessoa? Talvez. Será que meu orgulho ainda está ferido e eu gostaria que tal insulto fosse feito diretamente a mim? Muito provável.

Será que eu tenho esperança de recuperar amizade? Nãaao. Será que isso me fez parar para considerar quem eu realmente sou. Na mosca!

Como uma boa canceriana essas palavras – insultos nunca são uma só palavra, sempre veem acompanhados de outras letrinhas – ficaram zanzando na minha cabeça por dias. Deixei pra lá o “metida” porque uma bicho grilo (palavras de Dona Lygia) como eu não poderia jamais fazer parte do grupo das “Patys”.

Dei graças a Deus que “louca” estava nesse meio. Se todo mundo tivesse um pingo de loucura dentro de si, uns atos de doidices vez ou outra o mundo seria tão mais agradável. Sem aquela necessidade de andar em cima da corda bamba, de ser o certinho sem pecados.

Adorei o “descornada”. Confesso que cheguei a recorrer ao pai dos burros e nem ele traduziu para o português o que diabos isso significa. Se alguém souber fell free to write it down please.

Mas encuquei. Mimada? Sério? Eu? Primeiro entrou pelo ouvido, fez um nó na garganta e parou no coração. Ali ficou, remoendo até que Eureca! Ser mimada não significa única e exclusivamente ter todas as suas vontades atendidas sem questionamentos.

Tratar com mimo = acarinhar, amimalhar, mimosear. Tudo depende do uso que cada um faz com a palavra. Sou a primeira neta de duas avós e um avô ainda vivos, a filha, a sobrinha e a irmã mais velha, faço parte de um bando que cresceu junto e aprendeu a se gostar e a se proteger. Não sou diferente da Maria ou do João da casa ao lado e nem tampouco melhor ou pior, apenas diferente. (essa frase diz muito, né?! E faz parte do slogan da família – só pra constar).

Talvez eu tenha tido mais opções que outras pessoas. Nunca precisei trabalhar para sobreviver, nunca tive de sustentar uma família, fui uma adolescente normal de classe média. Tive regalias sim, estudei em escolas particulares, viajei, tive meu próprio quarto, mas só tive tudo isso porque minha mãe sempre fez das tripas coração para dar tudo a mim e ao meu irmão. E, com esse tudo eu incluo além dos bens materiais, índole, respeito, carácter e exemplo.

Com ela aprendi muita coisa. Já contei um pouco disso no post de dia das mães. Ela nunca me deu nada de mão beijada, sempre me ensinou que é muito melhor ter algo por merecimento do que por osmose.

Se receber carinho. Ser cuidada. Ser respeitada. Ser ouvida significa ser mimada então eu sou sim. E isso não é ofensa não. De forma alguma. Eu sou é abençoada por ter uma família tão presente e amável.

Na verdade eu acho que tem alguns momentos na vida que o ser humano precisa de alguém que passe a mão na cabeça dele, que fale que vai ficar tudo bem, que te elogie, que te de força e se fizer isso é estar mimando, assim vou continuar agindo com quem eu achar que merece.



Se tiver com algum problema, fale! #ficaadica