quinta-feira, 31 de maio de 2012

A vida de faz de conta

Eu estava olhando pro teclado esses dias, doida com um texto que não saia do lugar e me bateu aquelas birutices de sempre, só que um tanto quanto acentuadas.

Olhei pra função “backspace” e imaginei como seria minha vida se eu pudesse realmente apagar o que foi vivido como eu consigo apagar o que foi digitado. Ah, eu usaria essa função em pelo menos 03 casos do meu passado.

E usaria o “enter” também como se fosse um “fast forward” mesmo. Eu iria apertá-lo constantemente e deixar vááários espaços em branco e aí quando eu percebesse aquela fase chata, mais conhecida como TPM, teria passado sem que eu tivesse sentido dores de cabeça, cólicas e mau - humor.

E a função “caps lock” então. Seria útil quando eu quisesse dar ênfase em alguma coisa sem precisar alterar o tom de voz, muito menos gritar. Do tipo. CALA A BOCA E BEIJA LOGO.

Mas o que eu mais queria agora era poder usar a função “delete”. Queria apagar algumas pessoas da minha vida. Literalmente deletar o ser, como a gente faz com aqueles arquivos velhos que não tem mais função, sabe? Joga na lixeira, nénão!?

Ah, pensei agora, o “print screen” também seria legal. Imagina só, você vivendo aquele momento incrível e poder eternizar só acionando esse botão!? Ele captaria não só a imagem, mas as emoções também.

Viajei demais?  ;)

quarta-feira, 30 de maio de 2012

It made me cry

Simplesmente emocionante. Fez lágrimas escorrerem e os pelos arrepiarem. Me deixou com a sensação de que o mundo precisa de mais românticos por aí. De que as pessoas precisam fazer mais, ser mais, mostrar mais, querer mais.

Fica a dica! ;)





quinta-feira, 24 de maio de 2012

De volta ao Planeta dos Macacos

Taubaté é uma cidade pequena. Muito pequena. As pessoas que moram em Taubaté não mudam. Não mudam mesmo. Você vai aos mesmos lugares, encontra as mesmas panelinhas, ouve as mesmas histórias, as mesmas fofocas.

Não sei se fui eu quem voou demais ou foi o mundo que parou. Não sei se sou eu quem não vê mais graça em algumas coisas ou se o mundo perdeu a cor. Não sei se sou eu quem espera demais das pessoas ou se são elas que não se empenham.

Decidi fazer academia e minha escolha foi puramente baseada na equação preço X quantidade de aulas depois das 17h. Fui parar na Taiyô. Mal sabia eu que seria cercada por caras conhecidas e pela tribo dos fortinhos(as).

Ontem, eu no auge da caminhada na esteira, vi um rosto que não era estranho. Passei um bom tempo tentando lembrar de onde eu conhecia aquela loira. Bingo! Ela fez parte da minha infância. Fez catequese comigo, estudou na mesma escola e roubou meu namorado.

Hilário, né?! Eu tinha lá meus 10, 11 anos e era apaixonada pelo filho da filha da vizinha da minha avó. Alexandre, era o nome dele. Um menino super galanteador, daqueles que tiravam suspiros das novinhas. E, claro comigo não era diferente.

Eu era tímida. Morria de medo de falar com as pessoas. Ele foi meu primeiro “namorado”, meu primeiro selinho, porque beijo de língua mesmo aconteceu muito depois disso.

Mas, enfim, voltemos a dita cuja que apareceu na academia ontem. Ela era nova na escola, sentávamos perto, e meio que viramos amigas a ponto de contar uma para a outra que namorávamos com um menino chamado Alexandre que também estudava por ali, numa sala vizinha. Não demorou muito para descobrirmos que era O MESMO Alexandre e que ele se gabava pros amigos que tinha 2 namoradas.

Foi um desastre. Eu, que já tenho tendência cancerianassiva passei dias chorando. Foi minha primeira desilusão amorosa. E não parou por aí. Acabamos OS 3 na MESMA catequese. Eu não lembro muito bem como foi, mas nós duas o colocamos contra a parede e fizemos ele escolher uma. Adivinhe quem foi? Ela, claro. Desilusão amorosa, parte II.

Enquanto eu olhava pra ela fazendo os exercícios nos aparelhos eu pensava. “Ela não mudou nada”. Nunca mais soube dela, nem dele, a vida passou, muita coisa andou e desandou, mas a sensação é a de que nada mudou e nem o tempo passou.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Assassinando o Português

Não conheço o autor do texto. Recebi a obra abaixo numa daquelas correntes de email. Achei interessante. E você, gostou?

 
O "Aurélio" deve estar se remoendo no seu túmulo...

 
“Olha a Vernácula"

 
Vejam:

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante.

Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade. Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha.

Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz a estudante, e não "estudanta"; se diz a adolescente, e não "adolescenta"; se diz a paciente, e não "pacienta". Um bom exemplo seria:

"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizantas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta."

Assim ela pareceria mais inteligenta e menos jumenta.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Divino vem aí


Que eu amo São Luis do Paraitinga não é novidade pra ninguém e que eu escolho passar o carnaval por lá muito menos. Pois bem, esse final de semana começou a Festa do Divino Espírito Santo na cidade e essas duas semanas de festa me trazem algumas – várias – lembranças.

Tenho uma vaga recordação de quando meu avô foi festeiro e aquela bandeira vermelha ficava rodando pela casa. Lembro que nesse ano a família alugou uma casa na cidade (meu avô mora na zona rural, pra quem não sabe) pra ficar mais perto da festa, afinal a família dos festeiros tem muita coisa pra fazer.

Lembro dessa casa. Sabe quando fechamos os olhos e algumas imagens vêm a cabeça? Então eu fecho, forço e tento lembrar dos detalhes, mas só lembro dos corredores compridos, do chão de madeira e de um constante barulho que mais parecia um gato miando, e era essa a intenção com o “apito” que meu irmão usava.

Quando, eu já crescidinha, decidi fazer meu TCC sobre a cidade não tinha a noção do trabalho que isso daria. Minha idéia era só colocar meu avô na frente de uma câmera e deixar ele falando, contando causos, depois, na edição, eu colocaria uma meia dúzia de imagens.

São Luis me mostrou mais. Cobrou de mim mais empenho, mais pesquisa, mais participação. Nada que eu via ali era novo. Era cativante, mas corriqueiro pra mim. A Vi se juntou a mim no começo do projeto e me fez enxergar que pro povo lá da capital isso é tudo muito novo e valeria a pena dar mais espaço para essa história.

Pois bem, decidimos começar nosso documentário pela Festa do Divino e eu fui olhando com outros olhos a comilança do Afogado, a procissão, o povo que acorda as 5h00 e sai pelas ruas cantando a alvorada festiva, as apresentações de congadas, Moçambique e dança de fitas, a cavalhada, a fé.

E é bonito. Nos dias de festa parece que São Luis cria uma vida diferente. Se enfeita, se pinta, alegra e recebe os festeiros com carinho. O povo é sempre receptivo e as manifestações populares se misturam aos amantes da cultura caipira tentando um espaço pra foto, vídeo e festa.

A festa desse ano tem como festeiro a família Frade, ou seja, são eles os responsáveis por arrecadar as prendas para que a festa aconteça. No próximo final de semana tem a distribuição do afogado que, muito além de “boca-livre” é uma demonstração de fé, e a preparação daquela comilança toda uma imagem que marca.

Você conhece a Festa do Divino? Quem nunca foi tem que ir pela primeira vez e quem já foi vai de novo, que vale a pena.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Carta aberta à você

Oi. Tudo bem? É com você mesmo que eu quero falar. Você, sim! Não se acanhe. Continue lendo que você vai entender.

Já faz algum tempo que eu venho escrevendo textos um tanto quanto depressivos e revoltados. O “Pare esse trem que eu quero descer” é uma tentativa de mostrar que nada tá dando muito certo, que tudo (todos) o que já passou pela minha vida, não ficou.

No “Campanha apresente seu manual de instruções” eu peço encarecidamente que as pessoas sejam mais claras quanto suas atitudes ou a ausência delas. Teve também o texto sobre a crise dos 20 e poucos que é um verdadeiro lamento de como vamos ficando mais críticos, mais alheios. Olha só esse trecho “talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar”.

É bem isso. To vendo a vida passar. E o pior, não estou acompanhando. Aí hoje, na minha leitura blogeista diária, me deparei com uma sugestão de leitura da Rosana Hermann. Ela não faz idéia de quem eu seja. Mas, aí Rosana: “Tú é 10! Sempre acerta”.

Anyway, segui a dica e parei num outro blog, o de uma psicóloga. Fuçando por lá encontrei o texto “O que eu espero de você?” Cara, abriu minha cabeça. Veio uma luz direto no meu teclado e disse “menina, tome tento. Tome as rédeas de sua vida e não espere, faça!”.

Não entendeu o recado ainda? Calma, eu faço rodeios mesmo, mas chego lá. Continua lendo hein?! Já que veio até aqui não vale parar justo na hora que eu vou citar você. Vou dar uma dica: Você é o fulano 3 do meu texto “Pare esse trem que eu quero descer”. Viu só, sabia que você ia se identificar antes de eu continuar. Mas, vamos lá.

“Esperar é um verbo passivo. Mas como é verbo indica ação. Esperar é verbo quieto, de poucos movimentos, ele não se movimenta por ele, mas por aquilo que o acompanha” (...) “A outra opção é olhar para si, e esperar de VOCÊ uma atitude, se for preciso, grite mas não espere quando se trata do outro, seja claro diga o que precisa, dê ao outro a chance de se posicionar diante da sua necessidade”.

Engoli seco. Me identifiquei. E identifiquei você. A verdade é que desde aquele dia, naquele Espaço 30 que, pela primeira vez, eu vi seu sorriso eu tenho esperado uma atitude sua. Eu tenho cobrado, mesmo que você não saiba, uma atitude sua.

Eu tenho feito pouco. Muito pouco. Mas, na minha cabeça tímida, já era suficiente para você ter “lido os sinais”. Só que você é homem e homem não lê sinais e homem aprendiz de engenheiro, muito menos.

Mas eu vejo sinais. E eu vejo sinais trocados. Eu sou confusa. Você não é. Você é inteligente, é determinado, é estudioso, é diferente. Você tem uma voz que passa firmeza, confiança. Você parece tímido, mas você conversa.

Você já entendeu que eu prefiro que me chamem de Na, ou Nat. Você some, aparece, fala de assuntos banais, conta a sua vida, se apresenta. A gente almoça junto, se encontra nos corredores, vai embora junto. Mais eu quero mais do que um amigo.

Eu sou chata, difícil, tímida, sofrida. Eu falo de assuntos banais, eu me apresento, eu te chamo pra almoçar, eu te convido pra passear. Eu sumo, eu apareço, eu tenho o pé atrás. Eu leio as entrelinhas e eu acho que leio pensamentos.

Eu espero, eu sofro. Você não sabe. Será que sabe? Agora sabe. Eu tento chegar no mesmo horário que você só pra ver teu sorriso logo cedo. Eu te procuro no salão enquanto o resto do mundo almoça.

Me chama pra comer caldinho, pra ir no cinema, pra passear em Campos, pra dar uma volta na praça, pra só ficar conversando, mas me chama. Você precisa saber que eu gosto mesmo de você.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Diga NÃO ao dublado!


Aí vai uma novidade pra vocês: eu abomino filmes dublados! Tenho um verdadeiro pavor em ouvir aquela voz que mais parece “imitação barata”. E, não consigo pensar um único motivo que seja digno para que os canais de televisão e salas de cinema optem por apresentar esse “gênero”.

Eu que passei os últimos 2 anos vivendo e convivendo com a língua inglesa esperava chegar no Brasil e ter pelo menos a opção de ir ao cinema e escutar o idioma. Aliás eu achava que o dublado só acontecia nas TVs abertas. Puro engano.

Canais como Sony, Warner, Liv, AXN, Telecine e Universal, que fazem parte do seleto grupo dos “canais pagos”, têm usado e abusado das vozes falsas pra dar vida aos personagens. Senhor, alguém acuda! Faça-os parar!

Mais surpresa ainda eu fiquei quando tentei ir ao cinema aqui na minha cidade. TODOS os filmes só tinham opções dublados. Como assim? Se até o nome da rede de cinemas é em inglês – Moviecom – não faz sentido colocar filmes que não sejam legendados.

Pedi ajuda ao Google pra encontrar mais revoltados como eu. Eu queria achar um abaixo assinado, sei lá, alguma coisa que tivesse peso contra essa onda absurda. Porque, na minha opinião não existem seres normais que gostem desse estilo fake.

Achei o blog Diário de Bordo, de Pablo Villaça. Eu, particularmente não o conheço, mas segundo sua Bio ele é critico de cinema desde 1994, diretor do Cinema em Cena e professor. O cara, no mínimo, manja de cinema. E eu, como espectadora, fiquei mais do que feliz em saber que dividimos a mesma opinião.

Ok, tem uma parcela da população que prefere dublado? Então vamos achar um meio termo aí. O que não dá é uma rede de cinemas – a única da cidade, inclusive – SÓ disponibilizar os filmes dublados. Faça-se uma grade de programação que inclua os dois! E as TVs por assinatura deveriam ter a opção como os DVDs têm: é o espectador quem escolhe se vai assistir com ou sem legenda.

Fuçando mais um pouquinho achei um post em outro blog, o Café Dostoievski. Faço minhas as palavras de seja lá quem for que escreve o blog. Passando rápido ainda não consegui parar pra ler todos os textos e descobrir seu (s) autor (es).

Revoltados do mundo, uni-vos em prol do cinema real, daquele em que você sente a entonação do ator e vive a história junto com ele.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Campanha "Apresente seu manual de instruções"

Agora é fato. Tenho certeza que as pessoas deveriam vir com manual de instruções. E quando eu digo as pessoas incluo a minha excelência também. Não pense que eu ia me deixar de fora, pelo contrário, eu me conheço e já estou preparando um manual a ser entregue a cada cidadão que faz parte do meu convívio.

Eu acredito piamente que assim muitos mal entendidos e brigas desnecessárias serão evitados. Por exemplo: “Não fale comigo nas primeiras 2 horas do dia” é a primeira linha das minhas especificações. Siga isso e evitará olhares tortos, respostas curtas e grossas e alguns palavrões.

Não seria muito mais simples saber se o menino por quem você tem aquela baita crush também sente? E muito mais fácil interpretar se aquele convite pra almoçar foi só coisa de amiguinho ou tem segundas intenções?

Esse jogo de adivinhações já me deu nos nervos. Sério. Por isso eu começo aqui, agora uma campanha para que TODOS preparem seus manuais de instruções e saiam entregando por aí. E não vale mentir.

Escreve aí se você quando tá de TPM quer um abraço, um chocolate ou só ficar sozinha. Descreve também o que você espera do outro quando faz cara de triste. E, mais importante, explique tim tim por tim tim o que as suas ações – ou a ausência delas – significam.

Homens de plantão, peço encarecidamente que redijam esse manual. Poupem as mulheres de imaginar coisas onde não existem e de ficar tentando entender o porque de seus gestos e sorrisos.

Não seja vago. Seja direto. Seja incisivo. Ou quer ou não quer. Ou é ou não é. No meu caso: Dia de Greys Anatomy, não fale comigo até que o programa acabe. Sábado a noite e eu online? Me chame pra sair. Mesmo que você saiba que eu vou recusar, mas me chame. Se eu te chamei pra sair e você não quer, simplesmente diga NÃO e não me venha com desculpinhas esfarrapadas e tentativas de remendo.

Simples, né não? Que tal todos fazermos o compromisso de ao menos sermos mais claros daqui pra frente? Confesso que a idéia do manual parece um tanto quanto utópica, mas a de ser explicito não é, né?

terça-feira, 8 de maio de 2012

#projetoverão



Eu sou uma sanfoninha. Tenho pele sobrando em todos os lugares possíveis do corpo. Eu gosto de bolacha de chocolate, coca-cola e fast-food. E eu quero emagrecer. Eu sempre fui gordinha, mas agora to gordona e a meta é ficar magrinha.

Essa combinação aí de cima parece meio doida, né?! Botei na cabeça que quero estar 05 kg mais magra até meu aniversário de 26 anos, ou seja, 14 de julho de 2012. Será que dá?

O problema é que eu não tenho disciplina, sou preguiçosa e não suporto a animação dos professores de ginástica. Desde novembro do ano passado eu tenho uma nutricionista que me acompanha e nesse meio tempo já emagreci 2kg e engordei 3kg!

Pra mim qualquer coisinha vira motivo pra comer aquele chocolate ou exagerar no pão. TPM então. Como tudo que vejo pela frente. Passa fim de semana e feriado e o meu discurso continua o mesmo: “na segunda eu recomeço”, “não posso passar vontade”, “só mais esse pão”.

Cansei. Enchi o saco mesmo de não caber nas minhas calças 38 e em março eu dei um basta. Fiz matricula numa academia. Me programei certinho pra deixar a mochila no carro e ir pra Taiyô direto da Revap.

O problema. É, tem mais problema. Eu não tenho paciência pra ficar 20 minutos só andando – correr não porque machuca o joelho, rs! – na esteira. Parece que os minutos não passam nunca e o tempo todo eu fico imaginando como seria bom estar na minha cama, deitada vendo TV. Já contei que sou preguiçosa e louca por séries, né?!

Passar pelos aparelhos da musculação então? Coisa mais chata! Fica repetindo o mesmo movimento, sente dor. Aff. Sem contar que a academia parece passarela. Os fortinhos e as saradinhas ocupam o espaço. Riem, fazem piada e puxam peso. Eu entro e saio e eles continuam lá. Me dá nos nervos!

Bom, de lá pra cá tive vários lapsos de desanimo. Várias faltas, várias desculpinhas pra ir direto pra casa depois do trabalho. Aí, nesse último fim de semana, eu decidi de uma vez por todas: ou vai ou racha. Ou melhor, ou sofre ou engorda.

Optei por sofrer. E ontem foi o primeiro dia. Fiz uma aula de body pump e o resultado é dor nas pernas, nos braços, nas costas, na barriga, nos pés, até a ponta do nariz dói. E não é exagero. To que não consigo levantar da cadeira sem soltar um gemidinho.

O meu projeto verão é comer de três em três horas, abusar das frutas, aprender a gostar de salada, evitar o pão, a pizza e o lanche, é perder 5kg em 3 meses e 10kg até o fim do ano e ir a academia todos os dias, doa onde doer. Ai!

Sobre vozes e sotaques

Certo dia, escrevendo um texto pro Portal interno, precisei ligar pra alguém e pedir um depoimento sobre o evento em questão. A pessoa escolhida eu só conhecia de vista e a voz que atendeu do outro lado da linha foi de tremer o coração.

Vai dizer que você nunca falou com alguém pelo telefone e ficou imaginando quem seria o dono (a) daquela voz? Pois é, esse som que sai da boca de – quase - todo mundo é cartão de visitas sim.

Muitas vezes alguém te chama de longe e você, sem ver, já identifica quem é. E quando um número desconhecido te liga e você ouve aquele “oi”. Batata, o sorriso é inevitável.

Quando eu decidi ir pra Dublin muitas pessoas me alertaram: “o sotaque deles é difícil”. E foi. E, mais incrível ainda, um país tão pequeno como a República da Irlanda tem diferença de sotaque de norte a sul. E eu que achava que essa diversidade toda só acontecia no Brasil.

Dublin era (ainda deve ser) o refugio dos brasileiros. Acho que no centro da cidade morava (moram) mais brazucas do que irlandeses. E foi ali que eu aprendi a conviver com os sotaques.

Imagina um baiano falando inglês. Cômico. Eu tinha amigos mineiros, gaúchos, baianos, cariocas, paulistas, nordestinos. E quando essa turma se juntava era um tal de “esse trem é bom, tchê” e festival de comida.

E viva as diferenças. Viva o mineirinho enrolado, o carioca exxxxperto, os manos paulistas, o sossego baiano e o churrasco gaucho. Viva a voz rouca da minha avó, a voz mole da minha afilhada e aquela do amigo do começo do texto que só de lembrar já tira o folego. Viva e pronto.


E Viva Dublin só pra não perder o costume, rs


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Please, be quiet

Silêncio. Não fale, não responda, não retruque, não escreva, não se comunique. "Mesmo um tolo, quando segura a língua, é considerado sábio." (Mishlê 17:28).

Eu, na minha humilde opinião, aprecio o silêncio. Eu gosto do canto quietinho do quarto e acredito que quando estamos quietos ouvimos melhor a nossa própria opinião.

No dicionário “silêncio” tem 7 significados. Entre eles “sossego, quietude, calma”, ou “omissão de uma explicação”. O primeiro é a definição da minha pessoa e o segundo das pessoas que vivem ao meu redor.

Ao mesmo tempo que eu venero o meu mundinho quietinho eu também sofro de ansiedade com a resposta mal dada ou a ausência dela. O que tem virado corriqueiro ultimamente.

Ainda em Dublin eu assisti “Eat, Pray Love” e, não sei porque, a cena da Julia Roberts meditando me veio a cabeça. Acho que é isso o que eu preciso: aprender a meditar, canalizar as energias de algum jeito, renovar, me entender.

Andei googlezando por aí e o que a atriz faz no filme chama meditação mântrica que, como o próprio nome já indica, une o ato de meditar a entoação de mantras, duas das principais técnicas de elevação espiritual utilizadas principalmente por budistas e hindus.

Como viajar por 1 ano como a autora do livro fez é inviável nesse momento achei esse trecho que pode ser a solução “Se o tempo estiver curto, pode-se fazer uma vivência em retiro espiritual, participar de um retiro de ioga, meditação e silêncio podem ajudar a desapegar-se da rotina, fazer uma faxina na confusão mental e voltar renovado para a rotina”.

E aí, alguma indicação?

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A dor da saudade, quem é que não tem?

Ô Dublin querida, I miss you

Ta frio. Nada comparado ao frio irlandês, mas ta frio. Já to usando meia calça e bota. Arrisquei colocar uma boina e fui motivo de dedos apontados no trabalho. Mas o frio daqui é diferente. É meio sombrio, sem vida.

O frio me lembra Dublin. Me faz sentir saudade. Me dá aquele aperto no coração. Eu era feliz. O brasileiro não sabe sentir frio. As casas são mais geladas do que a rua e as torneiras despejam águas que machucam as mãos de tão freezing.

Lá, fazendo frio ou não, nós saíamos. Eu tinha ânimo pra trabalhar o dia todo, em três empregos, e me arrumar pra ir a um pub a noite e eu tinha amigos animados.

Aqui o frio é desculpa pra perder a hora de manhã, pra recusar aquele convite, pra não ir aquela festa, pra dormir, pra comer, pra se esconder. E olha que o frio daqui não chega ao negativo e não vem acompanhado da neve.

E por falar nesses floquinhos branco, eu queria porque queria vê-los. Em 2008 planejando a viagem eu sonhava em fazer bonecos de neve. 2 anos lá e tudo o que eu fiz foi uma guerra de bolas de neve e ficar presa no trânsito. A neve só é bonita de dentro de casa. Ela molha, escorrega, suja e atrapalha. Até disso eu sinto falta.

“A dor da saudade

Quem é que não tem

Olhando o passado

Quem é que não sente

Saudade de alguém...” (Elpídio dos Santos)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Para esse trem que eu quero descer!


Ta tudo acontecendo muito rápido. Parece que eu entrei num trem bala sem escalas e sem destino. Eu to vivendo meio que empurrando com a barriga, sem muita perspectiva e nada de empolgação.

Eu to vendo a vida do povo acontecer. Bate aquela depressãozinha quando as amigas começam a casar, engravidar, sonhar, trabalhar e eu continuo esperando o dia acabar.

A minha geração ta crescendo. Ta se encontrando, fazendo planos e pensando no futuro. E eu? Continuo sentadinha no meu lugar, ouvindo músicas em loop enquanto o trem não para.

A sensação é a de que desde que voltei de Dublin nada parece promissor. Nada tira meu fôlego e nada me faz ter impulso para sair da cama de manhã. Não posso reclamar, eu sei. Tenho emprego, casa, comida, família. Nada falta, mas alguma coisa falta.

Eu sou uma canceriana extremamente romântica e acredito em conto de fadas, ou melhor, prefiro manter a ingenuidade de que o príncipe encantado vai aparecer num cavalo branco e juntos viveremos felizes para sempre.

A realidade é outra. E decepcionante. Eu até tento flertar aqui e ali, mas quando eu acho que conheci alguém que valha a pena investir o timing não é bom, ou a recíproca não é verdadeira.

Eu ando sem saco para sair, para “caçar”. Como diz a minha mãe se eu não fazer exposição da figura nunca vou encontrar alguém. Mas, ultimamente, isso tem sido chato! É sempre a mesma historinha.

Menina conhece cara, encanta-se, trocam olhares, um beijo, MSN e facebook, conversam, se encontram novamente, o papo é bom, a menina encanta-se novamente, o contato diminui, até que “compromissos” atrapalham os próximos encontros, ele não a procura mais, a menina ainda tenta com seu jeito delicado demonstrar interesse, em vão.

Tive três ex-namorados que deixaram algumas marcas. O primeiro é caso perdido, não muda, não cresce. Com o segundo eu achava que casaria depois que voltasse de Dublin, 2 meses lá um pé na bunda e 10 kg mais magra, hoje ta noivo, tocando a vida. O último foi conturbado. Nos machucamos até que chegou o “ou vai ou racha”, eu fui e ele ficou com uma européia.

Minhas últimas tentativas não ficam longe do desastre. Coincidência ou não apareceram 03 com o mesmo nome. O fulano 1 é fogo de palha, o fulano 2 era bom demais para ser verdade e o fulano 3 só dá mixed signs. Teve um que ressurgiu do passado, outro que não socializa, um que tinha namorada, um casado, um que virou amigo.

Na opinião da senhora minha mãe a culpa é minha que sou muito chata. Talvez eu seja mesmo. Mas os homens também se fazem de burros. Eu não tenho meias palavras. Eu chamo para sair, eu elogio, eu digo que gostei e eles não tomam atitudes.

Cansei. Não puxo mais assunto, não mando recado, não me preocupo, não faço nada. Enquanto eu tiver o cobertor e as séries eu fico bem dentro desse trem. E com esse frio que está chegando vou precisar do cobertor, do edredom e da manta.