quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Kinda lost

É um povo gritando aqui, outro ali. Parece que ninguém se entende e eu me sinto um peixinho fora d água. Primeiros dias de empresa nova são sempre difíceis, mas parece que os meus foram ainda mais complicados.

Passei quase três semanas sem crachá, entrando como visitante, sem acesso ao computador, trazendo o meu note de casa que não tinha acesso a rede da empresa e muito menos a internet. Não sei como foi, mas eu me virei.

Era começo de ano, tava tudo bem. Todo mundo meio que empurrando com a barriga mesmo. Aí veio e foi o carnaval. O ano efetivamente começou para nós brasileiros e eu continuo perdidinha.

Acho que não caiu a ficha que eu não sou mais estagiaria. Que as funções agora são de profissional, mesmo. Tem coisas pra decidir, aprovar e sugerir. Um caos pra essa cabecinha aqui.

Não sei bem o meu lugar ainda. Olho pra lá e pra cá e só vejo perguntas sem respostas. Eu que sou tão organizadinha to me sentindo um tanto quanto perdida nessa terra de adultos.

Pensando bem foi assim também quando eu sai de casa pra morar na capital, quando eu comecei a trabalhar na Comgás, quando eu sai do Brasil, quando eu tive que me virar nos 30 e dar uma de garçonete/bartender. Se pensar diretinho, foi sempre assim e sempre será.

Um mar de dúvidas se abre e até que você se acostume com o gelado da água vai entrando de mansinho. Primeiro os pés, depois sente aquele gelo na barriga e aí quando chega na altura do peito pronto, pode mergulhar, o pior já passou. Daqui pra frente é só saber administrar as ondinhas conforme elas surgem.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Epitáfilozogicamente

Ontem, nos meus longos 30 minutos dentro carro, voltando do trabalho ouvi Epitáfio dos Titãs no rádio. Normalmente eu desligo o rádio e venho ao som dos carros na Dutra. Nunca tem nada interessante mesmo. Alias, preciso comprar um bom porta CDs com um monte de CDs legais pra me acompanhar nessas idas e vindas à São José dos Campos.

Deixando de lado esse meu ódio mortal por falta de programas bons no rádio voltemos a música. Algumas vezes tenho de tirar o chapéu para a rádio UNITAU. A escolha das músicas foge aquelas modinhas, aqueles sertanejos melados. Ainda bem!

Epitáfio fez parte de um pedaço da minha viagem. Sozinha no carro comecei a divagar, pensar na letra. E não, eu não devia ter amado mais, chorado mais, nada disso. Fiz tudo na medida certa! Vi o sol nascer, vi se por, chorei, ri, comi, bebi, dancei. E pretendo continuar deixando o acaso me proteger.

Ai encasquetei com um pedaço da letra “devia ter aceitado as pessoas como ela são. Cada um cabe a alegria e a dor que traz no coração”. Pura verdade. Se nós, seres humanos, soubéssemos lidar com o outro e respeitar as diferenças o mundo seria tão mais bonito.

Se as coisas fossem colocadas em pratos limpos. Se no momento que alguém fizesse algo que te desagradou você falasse seria tão mais fácil resolver os problemas. Sabe o que eu odeio? Disse-me-disse.

Minha nossa senhora, não tem nada mais chato, mesquinho e injusto do que essa falação pelas costas e desencontros de informação. Fulano fez isso, cicrano é assado. Tanta coisa mais importante para direcionar as energias, tanta forma mais fácil de se comunicar. Telefone sem fio é coisa do passado, minha gente!

Cabe um desabafo aqui? Vai lá: Se você tem informações sobre a minha pessoa, por favor, compartilhe comigo. De repente você ta pintando uma Natália que não existe, colocando xifres em cabeça de boi e não sabe da missa a metade. Já dizia a minha avó: para cada verdade tem 05 mentiras em volta. Think about it!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Ó São Luís, só você pode me fazer feliz!

Minas? Rio? Bahia? Carnaval no Brasil é sinônimo de festa. E são tantas opções. Aproveitar as ruas históricas de minas gerais, embalados pelo melhor do axé/pagode/funk e o que vier, tem também os trios elétricos na Bahia, o frevo no Recife, as escolas de samba em São Paulo e Rio de Janeiro.
Não posso falar com conhecimento de causa sobre nenhum desses carnavais. Minha vida toda foi dedicada ä São Luis do Paraitinga. Vestida de xita já pulei muito pelas ruas do centro histórico, já andei atrás do bloco, já tomei banhos de esguicho no Juca Teles, já fiz parte do bloco Mira Ira 1 “Nem melhor nem pior, apenas diferente” e já vesti nariz de palhaço para acompanhar o show dos Estrambelhados.
São Luís é uma extensão da minha casa. Meu avô mora lá na zona rural, meu tio avô tem um sítio vizinho ao trevo de entrada e vários tios e primos também moram por lá. Meu TCC foi, inclusive, um documentário sobre a cidade e seus caipiras, sobre a fé e o costume daqueles que ainda mantém uma cultura regada a peculiaridades.
Carnaval no sítio é tradição familiar. É o bloco dos Mira Ira ocupando espaço na escadaria da igreja, de frente pro coreto. Muitas histórias. Era lá o ponto de encontro dos “primos” do Rio e de São Paulo. Muita zueira na piscina, fantasias, batidas do Lee, jogos de vôlei e muita, mais muita risada.
Sai do Brasil antes da cidade ser inundada pelas chuvas do verão de 2010. Quando recebi essa noticia estava em Londres, deu uma dor no coração por não estar por perto e não poder ajudar. E passei os dois anos de Europa sem carnaval.
Quando voltei ao Brasil tinha uma lista de coisas que queria fazer logo, pra matar a saudade. Passar uma semana em Ubatuba, comer açaí com banana e granola, ver um show dos estrambelhados, comer comida da vovó, etc. Passar o carnaval em São Luís estava entre as prioridades.
Algumas pessoas ainda tentaram mudar minha cabeça. Ver os blocos e show do monobloco no Rio foi tentador. Ir pro bloco do Urso em Minas também. Muzambinho quase ganhou o páreo. Meu coração xiou, brigou, e ganhou: carnaval 2012 será São Luis do Paraitinga. Eu não acho que seria feliz em outro lugar mesmo. Esse ano alugamos uma casa no centro, quero aproveitar o dia e a noite do carnaval de marchinhas mais famoso do Brasil. Com a programação nas mãos a menina aqui não vai ficar aflita, vai pegar sua xita e vai pra rua dançar porque hoje é carnaval!

Quando o coração bater que nem um bumbo você pode saber que chegou o carnaval e esse batuque é pra chamar você. Pra dizer que ta na hora de sair pra rua, pra viver de fantasia e dar adeus a soli.. solidão.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Na hora errada


Pra mim tava tudo certo. Alguns olhares trocados, sorrisinhos com o canto do olho e expectativas, mas muita expectativa. Nada indicava que seria um desastre. Nenhum sinal, nenhum aviso de que eu estaria dando murro em ponta de faca.
Sabe quando você espera, espera, aguarda, sofre, sente, sua e espera mais um pouco para nada? Dá aquela sensação de impotência, não é? Tudo indicava que o caminho seria diferente, que a resposta seria o que eu queria ouvir. Mas não.
A hora era certa pra mim, mas errada pra você. Pra mim não havia empecilhos, não existia “porens”. Diferente de você que tinha (têm) um porém grande, daqueles que não se pode competir contra. Daqueles que um lugarzinho na arquibancada já é pedir demais.
O correto seria tirar o time de campo, entrar pra outro campeonato e não tocar mais no assunto. Mas quem disse que o coração segue os “corretos” da vida? Muito longe disso. O coração tem vontade própria. Ele briga, chora, grita e esperneia até que sua vontade seja atendida.
Mas é burro hein?! Ao invés de jogar a toalha quando ainda há tempo, não, fica lá chutando a parede esperando fazer bolhas nos pés. E pode ter certeza, vai fazer! Mas vai fazer tanta bolha que é capaz de algum dos dedos cair no asfalto.
E vai ser bem feito! É até hilário eu falando isso pra mim mesma. É a minha cabeça falando pro meu coração: te avisei! Quem mandou entrar nessa? Você conhecia as regras, sabia exatamente onde deveria pisar e caiu no buraco! Se f$%^&!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Dia chato X Dia legal


Já reparou como tem dias que queremos que passe logo e outros que gostaríamos que durassem para sempre? Pois é. Hoje é um dia chato! Daqueles que não vejo a hora que acabe.
Geralmente os dias chatos são durante a semana, quando estamos presos no trabalho, no trânsito, nos afazeres domésticos e sem tempo para fazer o que realmente queríamos estar fazendo.
O dia legal é festa! É dia de sol, praia, piscina, amigos, música, cama e TV, sem obrigação, só diversão. Mas sabe de uma coisa? Eu acho que nunca um dia é só chato ou, só legal. Acredito que todos os dias têm momentos legais e momentos chatos.
E o que a gente gosta mesmo é de reclamar. “Nossa, mas tá calor hoje hein”. “Puts, já vai chover”, “Coisa mais chata ter que ir ao supermercado” e blá blá blá.
Olha só que engraçado a mesma situação em momentos diferentes: Chuva na praia quando você só tinha aquele dia para aproveitar o solzinho = DIA CHATO.
Chuva lá fora quando você está deitada com o namorado/marido assistindo um filminho = DIA LEGAL.
E hoje, como está seu dia?

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Então vamos brincar de ser feliz!


Será que eu ainda sei brincar disso? Como é que faz? Tem regra? Tem pontos? É de grupo? É estratégia ou é força? “Eu não to nem ai, eu não to nem aqui pro que dizem, eu quero é ser feliz!”
Já existem tantos empecilhos nos nosso dia a dia pra que criar mais? Pra que se preocupar com os julgamentos e/ou olhares tortos? Acredito que se seguirmos nosso coração, se formos fiel ao que sentimos seremos felizes.
A felicidade não é um fim, mas um meio. Ela está nas pequenas coisas. O nosso erro é ver a felicidade como algo a ser alcançado. Felicidade não é um destino, mas sim um estado de espírito. Não é permanente, vem e vai e se as pessoas começassem a ver a vida assim talvez encontrassem a felicidade mais vezes.
Carnaval tá aí. É hora de pular, dançar, curtir a folia. Somos jovens aprendizes nesse mundo doido. Errar faz parte do dia a dia, do nosso crescimento. “Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu quebrar o meu nariz”.
São os tombos que nos fazem olhar pra vida com mais determinação. São eles que nos ensinam a ficar quietos ou chutar o balde, a seguir a maré.  Leve a vida simplesmente. Seja menos rigoroso consigo mesmo! Carpe diem, meu amigo! 

Eu sou estrambelhado! ;)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Mochilando


É, eu já viajei. Já vi tanta coisa. Já passei cada perrengue. Já chorei, sofri, ri, corri. Eu posso dizer, quanta coisa eu já vivi. Parei aqui pra escrever alguma coisinha sobre minhas aventuras e me dei conta que fiz carreira em mochilão.
É de espantar que com apenas 25 anos eu tenha tanta história pra contar. Como aquela vez que “dormi” na estação de trem em Colônia, na Alemanha porque queria economizar. Tava um friiiiiio.
E o medo que passei fazendo o tour de bicicleta em Amsterdã. Tenso! Teve também o missionário que mais parecia um grilo falante e o grupo de doidos que ficamos amigos jogando baralho no hostel.
Em Estocolmo me vi no lugar da Penny do “The big bang theory”. Bar com um bando de nerd é no mínimo engraçado. Se você tiver a chance, vá para Munique durante o Oktoberfest. É uma mistura de raças, uma coisa de outro mundo, surreal. Ah, e seja esperto, saia com um canecão embaixo da blusa e não, de jeito nenhum, deixe cair.
Muita gente quando pensa em Europa já enxerga Londres logo de cara. Na boa, olha pro leste meu amigo. Vá ficar bêbado em Berlin, admire Budapeste e ame Praga. Deixa Londres pra lá. É trânsito, gente correndo, sujeira. Enfim, uma São Paulo piorada. Claro, não posso deixar de falar do acervo cultural dos museus e da vasta vida noturna. Daí vai de gosto. Eu sou mais uma countryside girl.
E quem acha que não dá pra levar a mãe pra mochilar? Te provo o contrário já! Rodei com a minha 40 dias por Portugal, Espanha, França, Escócia, Inglaterra, Itália, e claro Irlanda.
E se você acha que ficamos em hotéis de luxo, comemos nos melhores restaurantes e andamos de táxi pra baixo e pra cima está muito enganado. Dormimos nos albergues mesmo, quarto feminino? Pra que? Fomos aos mais baratos mesmo. Conhecemos o transporte público de todas as cidades, passamos uma noite no trem entre Milão e Paris com outras 04 pessoas na mesma cabine, comemos o que dava, quando dava. Sempre com a mochila nas costas, até a mamãe.
Roteiro? Eu mesma fiz. Trabalhinho de uns dois meses cruzando horários de vôos, trens, ônibus, hotéis. Acho que eu deveria até abrir uma empresa de “planejamento de viagens”, ia ganhar dinheiro.
Voltamos com uma mala extra e muita história pra contar. Imagina Dona Lygia “conversando” com um francês achando que ele tava entendendo tudo. Ela: “Essa cama é minha”, Ele: “blábláblá”. Até que apareceu uma menina que falava inglês e francês que traduzia pra mim que traduzia pra mamis.
Nessas andanças conheci um fucking gringo porreta! Até um livro ele escreveu. “How to backpack” com dicas para mochilar por aí. Tem até depoimentos meus. To chique hein.
Agora eu to com mileuma idéias para o(s) próximo(s). Alguém quer embarcar numa trip pela América do Sul? Austrália e Nova Zelândia? Leste europeu? África? Hã? Hã?

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Welcome to Brazil, Giulia!

Eu to devendo um texto pra essa coisinha fofa ai de cima. Era pra ser um “welcome to the world” celebrando o nascimento da pequena Giulia, mas a tia preguiçosa aqui deixou passar, perdeu o timing e nada fez. Perdoa a tia, vai?
Metade italiana e metade brasileira essa princesinha nasceu na manhã do dia 18 de abril de 2011. Tem como não babar? Já tem quase 01 aninho e como o tempo passa rápido.
Eu saí de Dublin em julho quando ela tinha só 03 meses. Agora ta enorme e cada vez mais gostosa. E pensar que há mais de dois anos eu e a mãe dela, Rebecca, junto com outra amiga planejávamos nossa ida a Europa. Éramos três sonhadoras querendo desbravar o mundo. 
Hoje eu e a Fê estamos desbravando (ou sofrendo?) o jornalismo no Brasil e a Becca tá casadinha na Irlanda, dona de casa e mãe de família. Como as coisas mudam. Se olharmos para nossa vida há cinco anos, com certeza, não veríamos nosso futuro bem assim.
A Giulia foi uma surpresinha linda. E com 09 meses já enfrentou 18 horas de viagem de avião. Veio conhecer a casa da vovó e do vovô em São Paulo, veio trazer alegria pro Brasil.
Se divertiu no mar, conheceu um montão de gente, ganhou presentinho e fez muitos olhinhos brilhar por aqui. Só de pensar já da vontade de apertar. Ô coisinha linda da tia pode fazer sua mãe e seu pai te trazerem pelo menos uma vez por ano. Conta pra eles que você amou esse país. Volta logo! =)