domingo, 31 de maio de 2009

Meu primeiro voo

Ha uma primeira vez para tudo. O primeiro dia de aula, o primeiro beijo, o primeiro namorado, o primeiro filho. Enfim, todos nos passamos por experiencias novas quase todos os dias.
E comigo nao seria diferente. O meu primeiro voo nao foi um simples domestico, foi uma longa viagem internacional com direito a conexao no aeroporto de Amsterda e tudo. A primeira vista tudo parecia monstruoso, a comecar pela despedida da familia no aeroporto em Guarulhos. Pintou uma vontadezinha de jogar tudo para o alto e me agarrar ao que eu conheco.
Eu nao seria eu mesma se fizesse isso. Sou mais forte do que isso e nao desisto frente a desafios. Limpei minhas lagrimas e entrei no saguao de embarque. Logo ja dei de cara com o free shop e um monstro de coisas pedindo para serem “levadas para casa”.
O proximo passo seria encarar o aviao. So conhecia o interior de uma aeronave pelo o que eu ja tinha visto nos filmes. Nao imaginava como seria sentar naquelas poltronas desconfortaveis, diga-se de passagem. Tres cadeirinhas azuis em cada fileira praticamente coladas uma na outra.
Sem falar que as aeromocas passam pelos corredores a cada 10 minutos, a comida e pessima e o aviao faz um barulho ensurdecedor. Claro, tambem tem o lado bom. Cada passageiro tinha uma TV a seu dispor com jogos, filmes, documentarios e ate series. O dificil foi conseguir dormir com tudo isso.
Onze horas de voo depois chegamos a Dublin, nosso destino final. A primeira impressao e a de que “existe vida alem do meu mundinho”. Estranho isso ne? Mas a sensacao foi exatamente essa. Escutar criancas falando em ingles foi foi assim, como eu posso dizer, curioso.
Ainda tem tempo para eu me acostumar com tudo isso. So nao sei se a saudade do que eu deixei Brasil vai passar...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Eu vou, mas eu volto!


Não é tchau, é até breve!

Sabe aquele friozinho na barriga do primeiro dia de aula? Então, estou parecendo uma pré-adolescente que vai começar numa escola nova. É tudo muito assustador. Pessoas, lugares e culturas diferentes do que eu estou acostumada.
Acho que a ficha está caindo que eu não vou para uma cidade aqui pertinho, vou para outro continente. Não vou poder viajar alguns Km quando a saudade apertar. Salve a internet com suas web-cam!
Comecei a me dar conta disso tudo no sábado, dia 23 de maio quando tinha uma festa surpresa me esperando. Eu já sentia que alguma coisa estava acontecendo, mas eles (que dizem me amar tanto, rs) me enganaram direitinho.
Eu chorei assim que cheguei ao Espetinho. Minha família, meus amigos, meus sogros e meu amor. Todos lá para se despedir de mim. Foi muita emoção para o meu coração. E como diz a minha amiga psicóloga, eu “interiorizo a emoção”. Acho que é bem verdade!
Ontem foi dia de arrumar as malas. Se não fosse a Jú ajeitando as coisas eu demoraria muito mais do que as 06 horas que passamos no meu quarto. Tira isso, põe aquilo, é muita coisa, falta um casaco, e roupa de cama, levo quantas? Enfim, dúvidas e aflição juntas no mesmo lugar.
Depois de muito dobra, encaixa e guarda as malas estão prontas. Uma mala grande, uma média e uma de mão. Até que eu não exagerei tanto. Depois de ver tudo pronto bateu aquele desespero, eu realmente vou! E amanhã!!!
Será que eu não esqueci nada? Deu tempo de me despedir de todo mundo? E os documentos, estão certos? Estou ficando meio nervosa, mas está tudo certo, arrumado e pronto! Chega de melancolia, eu “vou descobrir o mundo” como diz a Jú.
Bom, esse é o último post no Brasil. Os próximos terão sempre alguma coisa europeia. Ai que chique! Rs

Obrigada a todos que planejaram/participaram da despedida no sábado. Teve um significado enorme para mim. E o caderno já está na mala! Quando a saudade apertar muito eu folheio, vejo as fotos e leio os recadinhos.
Chega, não quero mais chorar. Se bem que vai ser inevitável escorrer algumas lágrimas no aeroporto...

Até breve!

sábado, 23 de maio de 2009

Sim, eu voltei

Bateu uma vontade enorme de escrever. Havia tempo que o papel e a caneta não me inspiravam. Motivo? Who Knows? Talvez...


Parada desnecessária: Quem precisa de um
irmão ex-futuro adolescente interrompendo minhas divagações? Perdi o fio da
meada. A gripe voltou a atacar. O que eu estava escrevendo mesmo?

Ah, parei no "talvez", vulgo um dos possíveis motivos para que eu encarnasse a cronista de novo: me apaixonei. É um tanto quanto cliché afirmar que os enamorados viram poetas, mas alguma verdade há de ter nisso.

Vamos analisar: Escrever sempre foi a minha praia. Não foi a toa que me tornei uma jornalista. Já tive fotolog, blog, diários e cadernos de anotações. Tudo costumava ser tema. Eu me empolgava pensando sobre o assunto, juntando ideias com palavras e tentando fazer as mãos acompanharem meu raciocino.

Normalmente os "incites" aconteciam à noite. No meio da madrugada eu acordava com pensamentos do tipo: "Por que as crianças fazem xixi na cama?" ou "Alguém poderia inventar um tele transporte, seria perfeito." Ou seja, rendia horas acordadas tentando conectar cérebro, mão e caderno.

Depois vinha a árdua tarefa de decifrar minha letra e passar o texto (que nunca ficava tão bom assim) pro computador. Sabe o que seria interessante? Inventarem algo que gravasse os nossos pensamentos sem que precisássemos usar a caneta. Mas isso já é assunto para outra conversa. Foco, Natália, foco!

Acontece que no último ano de PUC fiquei tão atarefada com TCC e trabalho que deixei de lado essa minha paixão. E para piorar, as Garotas que dizem Ni deixaram de escrever no blog. Elas, que sempre foram minha inspiração, tinham "me abandonado".

Perdi meu rumo sem o ritual: chegar ao trabalho, ligar o computador, ler as notícias do dia e passar pelo blog das três amigas hilárias. O bloqueio só foi piorando quando me formei e voltei a morar em Taubaté com a mamãe. Eu e D. Lygia na mesma casa? Sinonimo de briga diária e dor de cabeça constante. A gente se ama, claro. Mas, nos entendemos melhor cada uma no seu canto.

Ainda bem que eu sabia que isso não seria por muito tempo. Há um ano eu já estava programando uma viagem para Europa. 06 meses estudando inglês em Dublin, na Irlanda e 06 meses viajando pelo continente.

Quando eu menos esperava, quando meus planos seguiam outros rumos, o destino aprontou para mim. Colocou na minha frente um homem com H maiúsculo. E agora? Bom, agora eu dou inicio a um diário virtual para ser cúmplice das minhas peripécias pela Europa.

Desistir de viajar? Até passou pela minha cabeça. Mas, como eu já disse, encontrei um Homem. Ele vai me esperar e a minha inspiração me acompanhar.