E comigo nao seria diferente. O meu primeiro voo nao foi um simples domestico, foi uma longa viagem internacional com direito a conexao no aeroporto de Amsterda e tudo. A primeira vista tudo parecia monstruoso, a comecar pela despedida da familia no aeroporto em Guarulhos. Pintou uma vontadezinha de jogar tudo para o alto e me agarrar ao que eu conheco.
Eu nao seria eu mesma se fizesse isso. Sou mais forte do que isso e nao desisto frente a desafios. Limpei minhas lagrimas e entrei no saguao de embarque. Logo ja dei de cara com o free shop e um monstro de coisas pedindo para serem “levadas para casa”.
O proximo passo seria encarar o aviao. So conhecia o interior de uma aeronave pelo o que eu ja tinha visto nos filmes. Nao imaginava como seria sentar naquelas poltronas desconfortaveis, diga-se de passagem. Tres cadeirinhas azuis em cada fileira praticamente coladas uma na outra.
Sem falar que as aeromocas passam pelos corredores a cada 10 minutos, a comida e pessima e o aviao faz um barulho ensurdecedor. Claro, tambem tem o lado bom. Cada passageiro tinha uma TV a seu dispor com jogos, filmes, documentarios e ate series. O dificil foi conseguir dormir com tudo isso.
Onze horas de voo depois chegamos a Dublin, nosso destino final. A primeira impressao e a de que “existe vida alem do meu mundinho”. Estranho isso ne? Mas a sensacao foi exatamente essa. Escutar criancas falando em ingles foi foi assim, como eu posso dizer, curioso.
Ainda tem tempo para eu me acostumar com tudo isso. So nao sei se a saudade do que eu deixei Brasil vai passar...