Realidade, estou de volta.
O tempo voou. Quanto mais feliz eu estou mais rápido ele passa. Quando eu acho que vou conseguir fazer isso ou aquilo, os segundos já voaram e eu perdi o bonde. Há um tempo atrás eu estaria feliz vendo tudo correr ao meus olhos. Mas hoje não.
Parece que foi ontem que eu escrevi meu último post e coloquei a mochila nas costas. Isso foi há exatos 25 dias e eu fiz tanta coisa nesse ínterim que não senti os dias rolando, não me dei conta de que fiz aniversário de 06 meses de Irlanda, não percebi que tinha uma vida além do meu mundinho viajante.
Cai na realidade. Estou de volta a vida de doméstica/babá/secretária. Tenho esperança de que nessa nova casa tudo vá ser diferente e melhor mas, nem por isso, deixo de encarar como um trabalho, e a força dessa palavra já me dá uma preguiça, uma vontade de viajar de novo.
Falando sobre a viagem, eu e meu bloquinho companheiro temos muito o que contar. Eu dormi no aeroporto, na estação de trem, conheci gente interessante, pessoas estranhas e outras que poderiam ter passado desapercebidas, vi paisagens incríveis, neve, chuva, andei de bicicleta, sai de balada, fui expulsa de um hostel e fiquei doente.
É, foi muita emoção para resumir num post só. Cada lugar pelo qual eu passei merece uma história e Amsterdam merece no mínimo três. O grande problema é que eu praticamente psicografei letrinhas no caderno e agora tenho de decifrar uma a uma, lembrar dos detalhes e criar textos que traduzam não só os fatos, mas os sentimentos.
Mas, como minha vida real agora significa “no internet” (boa) durante a semana, só consigo fazer um post em cada final de semana quando eu vou para a civilização. Pelo visto vou passar o resto da minha estadia europeia só contando as minhas peripécias no meu primeiro mochilão.
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