sexta-feira, 9 de março de 2012

Coisas do acaso

Cheguei a uma conclusão básica. Facebook, Twitter, Orkut e afins são burros. Sim, senhor. E explico o porque: O Facebook por exemplo, tem uma “dica” na lateral direita da tela que diz “pessoas que talvez você conheça”. Ok, a idéia parece ser inteligente, de repente você realmente conhece o amigo do seu amigo, mas a máxima nem sempre é válida. No meu caso, por exemplo, fazem uns bons meses que vem aparecendo a foto da atual noiva do meu ex namorado como possível amiga a ser adicionada. Já tentei várias vezes excluir essa “ajuda”, mas a bendita volta a aparecer dia após dia.

Eu acho que deveria ter uma opção: “obrigada pela dica, mas não conheço e não quero conhecer essa pessoa” e a fotinho indesejada desapareceria dali pra sempre.

Mas o grande motivo de eu ter parado para escrever esse texto não foi um desabafo contra essas sugestões doidas das redes sociais e sim uma recordação de alguém muito querido.

Estava eu hoje fuçando nas funcionalidades do Linkedin quando ele me deu a opção de adicionar à minha lista contatos quem um dia na vida eu já havia trocado e-mail. Dei um “ok” e mandei buscar esses nomes. Os emails já ligados ao linkedin eu mandei adicionar, afinal, quanto mais pessoas melhor. Aí apareceu uma tela com a mensagem Mantenha contato com pessoas que ainda não estão no LinkedIn. Convide-os para fazer parte da sua rede.

Em meio a lista de nomes pouco conhecidos apareceu o e-mail olavonetto@hotmail.com. Meu olho parou ali. Muitas lembranças passaram pela minha cabeça. Fui eu quem criou esse e-mail pro meu primo caipira de Ribeirão do Pinhal pra que a gente pudesse se falar por outro meio além das cartas. (Sim, nós trocávamos cartas pelo correio quando tínhamos nossos 15 anos. Tempo bom!).

Parafraseando o saudoso Renato Russo eu digo que você foi embora cedo demais e que, em dias assim, eu me lembro de você e o que sinto não sei dizer.

Já tentei inúmeras vezes te fazer uma homenagem aqui, contar algum dos nossos causos, como aquele na Romaria de algum ano quando um búfalo correu atrás de você, ou naquela bodas dos seus avós que vimos uma cabecinha na janela da funerária e corremos feitos loucos ou quando viajamos de Taubaté à Pinhal na caçamba da camionete do tio Buba. São tantas histórias pra contar, mas acho que meu coração não está pronto pra lembrar de você no passado e não sei se tem previsão de estar.

Foi realmente uma coisa do acaso seu nome aparecer ali quando eu menos esperava, quando minha cabeça tava tão cheia de coisas banais. Daria qualquer coisa para ver suas bochechas rosadas mais uma vez, ouvir tua voz meio rouca, ganhar aquele abraço apertado e sentar pra conversar. Só mais uma vez.

“É tão estranho. Os bons morrem jovem. Assim parece ser quando me lembro de você que acabou indo embora cedo demais”.

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