Foram-se os jogos olímpicos. Acabou a maratona de esportes na TV e fica a sensação de que o Brasil só passeou por Londres. Aliás, eu que conheço bem a capital inglesa, posso imaginar o caos que estava por lá. O trânsito, que já é ruim, deve ter piorado, os metrôs ainda mais lotados e a confusão de sotaques e línguas aumentado.
Bom, mas Londres é um capítulo a parte. Não vou entrar no mérito da cidade em si, mas posso falar da cobertura dos jogos. Não vi a abertura, mas ouvi ótimos comentários pelas redes sociais e a festa de encerramento, que eu vi com meus próprios olhos, foi de dar inveja para qualquer outro país aspirante a sede de uma Olimpíada.
Aí que entra nosso querido Brasil e seus 15 minutos de fama. Eu, particularmente, gostei. Achei que, felizmente, fugimos do estereótipo mulher pelada e carnaval e mostramos nosso folclore e nosso samba. Podemos criar expectativas para 2016?
Quanto as festas não tenho dúvidas. Tenho certeza que serão espetáculos fabulosos. Mas, quanto ao esporte que, aliás é o que tanto move esse evento, perderemos. E, com dor no coração, afirmo que faremos feio.
Tantas promessas para 2012, tantas esperanças de medalhas se perderam pelo caminho. Seja o vento, a sorte ou o erro. Seja qual for a desculpa, a grande verdade é que nosso país não enxerga – e deveria – o esporte como algo intrínseco na educação.
Não há investimentos. Há muitos pai-trocinios que leva o filho pra baixo e pra cima pra poder competir. Muitos tentam, mas poucos agüentam o tranco. 2016 tá aí. Quatro anos voam. E aí, Brasil?
Já passou da hora de deixarmos a bola de lado e olhar pros outros esportes, concorda? Estimular as crianças, desde seus primeiros anos na escola, a praticar esporte.
Muito além da competição, essa pratica traz benefícios físicos e sociais. O esporte tem muitos motivos para ser visto como um processo de educação, como parte da formação do ser humano.
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