segunda-feira, 27 de maio de 2013

Sem proteção, o filme


Acho que eu to na pegada cinema. Fim de semana sim outro não eu e meu namorido assistimos à algum filme. Domingo passado escolhemos “Sem proteção” no Vale Sul Shopping. Dentre as opções era a menos pior. Surpresa. O filme é bom. Aliás, muito bom.
O longa gira em torno da história de Nick Slloan, vivido por Robert Redford, e de seu passado enquanto membro do Weather Underground, grupo radical de esquerda atuante nos EUA nos anos 1960. Conforme as coisas acontecem você fica intrigado. Será que ele ta fugindo? Será que é culpado? E, ao desenrolar do filme, eu pelo menos, me vi torcendo para que “ele ficasse bem”.
Anyway, o ponto central do filme, na minha opinião, não está aí. É o personagem de Shia LaBeouf, Ben Shepard, que faz toda a diferença. Foi ele quem descobriu Nick vivendo há mais de três décadas como Jim Grant, um advogado, viúvo e pai de uma menina de 12 anos.
O fio condutor do filme é o jornalista. São suas escolhas enquanto repórter que desvenda para o público os fatos, o passado. Pesquisando sobre o filme encontrei uma descrição do personagem da qual discordo. “jovem repórter inescrupuloso, interesseiro e manipulador, desprovido de sonhos e repleto de ambições, que chega a usar uma ex-namorada (Anna Kendrick), que trabalha no FBI, para conseguir informações e entrevistar Sharon”, disse uma reportagem do Cineweb.
Pois bem, esse filme daria um bom objeto de estudo numa classe de jornalismo. Não o vejo como interesseiro ou manipulador, no sentido pejorativo dessas palavras. Eu enxergo Bem Shepard como um jornalista exercendo sua função. Ele não mede esforços para apurar suas histórias e, em nenhum momento, seus artigos eram mentiras. Pelo contrário, doa a quem doer ele falou a verdade.
Muitas vezes eu invejei o personagem e sua coragem enquanto investigador, pois o jornalismo é isso. É correr atrás da fonte, é apurar dados, checar informações.
Além disso, o filme também é uma reflexão sobre o passado, sobre sonhos, sobre amadurecimento. Sobre guerras que valem a pena ser lutadas. No passado eles lutavam contra a guerra no Vietnã, no presente pela sobrevivência enquanto “most wanted” do FBI e no futuro? Uma coisa é certa. O desfecho é emocionante. Vale a pena ver. #recomendo

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