sexta-feira, 4 de maio de 2012

A dor da saudade, quem é que não tem?

Ô Dublin querida, I miss you

Ta frio. Nada comparado ao frio irlandês, mas ta frio. Já to usando meia calça e bota. Arrisquei colocar uma boina e fui motivo de dedos apontados no trabalho. Mas o frio daqui é diferente. É meio sombrio, sem vida.

O frio me lembra Dublin. Me faz sentir saudade. Me dá aquele aperto no coração. Eu era feliz. O brasileiro não sabe sentir frio. As casas são mais geladas do que a rua e as torneiras despejam águas que machucam as mãos de tão freezing.

Lá, fazendo frio ou não, nós saíamos. Eu tinha ânimo pra trabalhar o dia todo, em três empregos, e me arrumar pra ir a um pub a noite e eu tinha amigos animados.

Aqui o frio é desculpa pra perder a hora de manhã, pra recusar aquele convite, pra não ir aquela festa, pra dormir, pra comer, pra se esconder. E olha que o frio daqui não chega ao negativo e não vem acompanhado da neve.

E por falar nesses floquinhos branco, eu queria porque queria vê-los. Em 2008 planejando a viagem eu sonhava em fazer bonecos de neve. 2 anos lá e tudo o que eu fiz foi uma guerra de bolas de neve e ficar presa no trânsito. A neve só é bonita de dentro de casa. Ela molha, escorrega, suja e atrapalha. Até disso eu sinto falta.

“A dor da saudade

Quem é que não tem

Olhando o passado

Quem é que não sente

Saudade de alguém...” (Elpídio dos Santos)

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