Oi. Tudo bem? É com você mesmo que eu quero falar. Você, sim! Não se acanhe. Continue lendo que você vai entender.
Já faz algum tempo que eu venho escrevendo textos um tanto quanto depressivos e revoltados. O “Pare esse trem que eu quero descer” é uma tentativa de mostrar que nada tá dando muito certo, que tudo (todos) o que já passou pela minha vida, não ficou.
No “Campanha apresente seu manual de instruções” eu peço encarecidamente que as pessoas sejam mais claras quanto suas atitudes ou a ausência delas. Teve também o texto sobre a crise dos 20 e poucos que é um verdadeiro lamento de como vamos ficando mais críticos, mais alheios. Olha só esse trecho “talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar”.
É bem isso. To vendo a vida passar. E o pior, não estou acompanhando. Aí hoje, na minha leitura blogeista diária, me deparei com uma sugestão de leitura da Rosana Hermann. Ela não faz idéia de quem eu seja. Mas, aí Rosana: “Tú é 10! Sempre acerta”.
Anyway, segui a dica e parei num outro blog, o de uma psicóloga. Fuçando por lá encontrei o texto “O que eu espero de você?” Cara, abriu minha cabeça. Veio uma luz direto no meu teclado e disse “menina, tome tento. Tome as rédeas de sua vida e não espere, faça!”.
Não entendeu o recado ainda? Calma, eu faço rodeios mesmo, mas chego lá. Continua lendo hein?! Já que veio até aqui não vale parar justo na hora que eu vou citar você. Vou dar uma dica: Você é o fulano 3 do meu texto “Pare esse trem que eu quero descer”. Viu só, sabia que você ia se identificar antes de eu continuar. Mas, vamos lá.
“Esperar é um verbo passivo. Mas como é verbo indica ação. Esperar é verbo quieto, de poucos movimentos, ele não se movimenta por ele, mas por aquilo que o acompanha” (...) “A outra opção é olhar para si, e esperar de VOCÊ uma atitude, se for preciso, grite mas não espere quando se trata do outro, seja claro diga o que precisa, dê ao outro a chance de se posicionar diante da sua necessidade”.
Engoli seco. Me identifiquei. E identifiquei você. A verdade é que desde aquele dia, naquele Espaço 30 que, pela primeira vez, eu vi seu sorriso eu tenho esperado uma atitude sua. Eu tenho cobrado, mesmo que você não saiba, uma atitude sua.
Eu tenho feito pouco. Muito pouco. Mas, na minha cabeça tímida, já era suficiente para você ter “lido os sinais”. Só que você é homem e homem não lê sinais e homem aprendiz de engenheiro, muito menos.
Mas eu vejo sinais. E eu vejo sinais trocados. Eu sou confusa. Você não é. Você é inteligente, é determinado, é estudioso, é diferente. Você tem uma voz que passa firmeza, confiança. Você parece tímido, mas você conversa.
Você já entendeu que eu prefiro que me chamem de Na, ou Nat. Você some, aparece, fala de assuntos banais, conta a sua vida, se apresenta. A gente almoça junto, se encontra nos corredores, vai embora junto. Mais eu quero mais do que um amigo.
Eu sou chata, difícil, tímida, sofrida. Eu falo de assuntos banais, eu me apresento, eu te chamo pra almoçar, eu te convido pra passear. Eu sumo, eu apareço, eu tenho o pé atrás. Eu leio as entrelinhas e eu acho que leio pensamentos.
Eu espero, eu sofro. Você não sabe. Será que sabe? Agora sabe. Eu tento chegar no mesmo horário que você só pra ver teu sorriso logo cedo. Eu te procuro no salão enquanto o resto do mundo almoça.
Me chama pra comer caldinho, pra ir no cinema, pra passear em Campos, pra dar uma volta na praça, pra só ficar conversando, mas me chama. Você precisa saber que eu gosto mesmo de você.
Me chama pra comer caldinho, pra ir no cinema, pra passear em Campos, pra dar uma volta na praça, pra só ficar conversando, mas me chama. Você precisa saber que eu gosto mesmo de você.
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