quarta-feira, 2 de maio de 2012

Para esse trem que eu quero descer!


Ta tudo acontecendo muito rápido. Parece que eu entrei num trem bala sem escalas e sem destino. Eu to vivendo meio que empurrando com a barriga, sem muita perspectiva e nada de empolgação.

Eu to vendo a vida do povo acontecer. Bate aquela depressãozinha quando as amigas começam a casar, engravidar, sonhar, trabalhar e eu continuo esperando o dia acabar.

A minha geração ta crescendo. Ta se encontrando, fazendo planos e pensando no futuro. E eu? Continuo sentadinha no meu lugar, ouvindo músicas em loop enquanto o trem não para.

A sensação é a de que desde que voltei de Dublin nada parece promissor. Nada tira meu fôlego e nada me faz ter impulso para sair da cama de manhã. Não posso reclamar, eu sei. Tenho emprego, casa, comida, família. Nada falta, mas alguma coisa falta.

Eu sou uma canceriana extremamente romântica e acredito em conto de fadas, ou melhor, prefiro manter a ingenuidade de que o príncipe encantado vai aparecer num cavalo branco e juntos viveremos felizes para sempre.

A realidade é outra. E decepcionante. Eu até tento flertar aqui e ali, mas quando eu acho que conheci alguém que valha a pena investir o timing não é bom, ou a recíproca não é verdadeira.

Eu ando sem saco para sair, para “caçar”. Como diz a minha mãe se eu não fazer exposição da figura nunca vou encontrar alguém. Mas, ultimamente, isso tem sido chato! É sempre a mesma historinha.

Menina conhece cara, encanta-se, trocam olhares, um beijo, MSN e facebook, conversam, se encontram novamente, o papo é bom, a menina encanta-se novamente, o contato diminui, até que “compromissos” atrapalham os próximos encontros, ele não a procura mais, a menina ainda tenta com seu jeito delicado demonstrar interesse, em vão.

Tive três ex-namorados que deixaram algumas marcas. O primeiro é caso perdido, não muda, não cresce. Com o segundo eu achava que casaria depois que voltasse de Dublin, 2 meses lá um pé na bunda e 10 kg mais magra, hoje ta noivo, tocando a vida. O último foi conturbado. Nos machucamos até que chegou o “ou vai ou racha”, eu fui e ele ficou com uma européia.

Minhas últimas tentativas não ficam longe do desastre. Coincidência ou não apareceram 03 com o mesmo nome. O fulano 1 é fogo de palha, o fulano 2 era bom demais para ser verdade e o fulano 3 só dá mixed signs. Teve um que ressurgiu do passado, outro que não socializa, um que tinha namorada, um casado, um que virou amigo.

Na opinião da senhora minha mãe a culpa é minha que sou muito chata. Talvez eu seja mesmo. Mas os homens também se fazem de burros. Eu não tenho meias palavras. Eu chamo para sair, eu elogio, eu digo que gostei e eles não tomam atitudes.

Cansei. Não puxo mais assunto, não mando recado, não me preocupo, não faço nada. Enquanto eu tiver o cobertor e as séries eu fico bem dentro desse trem. E com esse frio que está chegando vou precisar do cobertor, do edredom e da manta.

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